Ipatinga, 17 de Agosto de 2010 - casa do Gledson
Semanas anteriores ao dia 17 estava pensando sobre nossa participação no Enartci. Ainda não havíamos conversado com o pessoal do Hibridus e fiquei imaginando ansiosamente como seria essa parceria. Na manhã do dia 17 tive um sonho que não posso deixar de descrevê-lo. Não sei ainda se o que sonhei determinará algo no processo de criação desse projeto, mas tenho certeza que de alguma forma irá contribuir. Sinto que foi uma respota do meu inconsciente ao desejo e ansiedade corporal. Nesse sonho vi vários elementos. Algumas palavras também vinham à minha mente.
O figurino era composto de meia-calça arrastão e elementos que operários utilizam como aventais, máscaras e óculos de proteção. Calçavam salto-alto, mas quebrados, torcidos. Uns tinham um pé calçado e o outro não.
O figurino era composto de meia-calça arrastão e elementos que operários utilizam como aventais, máscaras e óculos de proteção. Calçavam salto-alto, mas quebrados, torcidos. Uns tinham um pé calçado e o outro não.
A movimentação não era fluente, contínua. Eram movimentos quebrados. Caminhavam como zumbis.
A palavra ferrugem vinha em minha mente. Vi tubos de metal. Pessoas batiam nesses tubos e o som reverberava pelo espaço. As pessoas movimentavam-se quando isso ocorria. Havia também outro som ao fundo como o som de relógio. Em alguns momentos paravam de bater nos tubos e começavam a lixá-los produzindo outro som.
Gledson Pagung
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